29 setembro, 2006

Do islão, "submissão voluntária e incondicional à vontade de Deus", ao medo...

«Islamicamentecorrecto

O islamicamente correcto aí está e o medo é o seu pastor. Depois do assassínio de Theo Van Gogh, depois dos "cartoons", depois do Papa, chegou a vez de Mozart. O Islão não dá, pelos vistos, "imprimatur" à encenação de Hans Neuenfels do "Idomeneo", e a Ópera de Berlim, "com medo de represálias", decidiu proibi-la. Bastou uma chamada anónima e Kirsten Harms, a directora, aterrorizada, despiu o "tailleur", pôs a "burka" e despediu Mozart com justa causa. Entretanto, Ali Kizilkaya, presidente do Conselho do Islão, saudando a sensata e agachada decisão, "sugeriu" que, se a Ópera de Berlim quisesse levar à cena o espectáculo, deveria fazer "outra encenação", retirando a parte em que Idomeneo, rei de Creta, se insurge contra os deuses e exibe as cabeças de Buda, Poseidon, Jesus e Maomé. A Mozart seguir-se-ão Shakespeare, Dante, Milton, Cervantes, Dostoievsky, Proust, a "Odisseia", o "Paraíso Perdido", o "Fausto", os frescos da Capela Sistina, a "Pietá", até, sabe-se lá!, o galo de Barcelos! E, quando "muftis" e "ayathollas" entenderem, chegará a vez da Bíblia. Ate lá resta-nos ir cantarolando alegremente com O'Neil "O medo vai ter tudo/ quase tudo/ e cada um por seu caminho/ havemos todos de chegar/ quase todos/ a ratos// Sim/ a ratos".»
a
Talvez um dia o lado negro desapareça... e volte de novo a luz...

Mais palavras para quê, não é?

23 setembro, 2006

Quero ser um televisor


Uma professora pediu aos alunos que fizessem uma redacção e nessa redacção o que eles gostavam que Deus fizesse por eles.
À noite, ao corrigir as redacções, ela deparou-se com uma que a deixou muito emocionada.
O marido, ao entrar em casa viu-a a chorar e pergunta:
- O que aconteceu? - Ela respondeu:
- Lê.
Era a redacção de um menino.
«Senhor, esta noite peço-te algo especial: transforma-me num televisor.
Quero ocupar o lugar dele.
Viver como vive a TV da minha casa.
Ter um lugar especial para mim, e reunir a minha família ao meu redor...
Ser levado a sério quando falo...
Quero ser o centro das atenções e ser ouvido sem interrupções e sem perguntas.
Quero receber o mesmo cuidado especial que a TV recebe quando não funciona.
Ter a companhia do meu pai quando chega a casa, mesmo que esteja cansado.
E que a minha mãe me procure quando estiver sozinha e aborrecida, em vez de me ignorar.
E ainda que os meus irmãos "briguem" para estar comigo.
Quero sentir que a minha família deixa tudo de lado, de vez em quando, para passar alguns momentos comigo.
E, por fim, que eu possa divertir todos.
Senhor, não te peço muito...
Só quero viver o que vive qualquer televisor!»
Naquele momento, o marido da professora:
- Meu Deus, coitado desse menino. Que descuido o desses pais.
E ela responde-lhe:
- Pois é… Esta redacção é do nosso filho.
Dá que pensar, não é?
Texto recebido por mail

13 setembro, 2006

11 de Setembro





















Ouvi e vi, mas
Não queria acreditar que
Zoóides fanáticos, verdadeiras bestas, matam em nome de um Deus
Energúmenos sanguinários

Destruidores de sonhos que se
Escondem na sombra cobardemente

Sabotadores parasitas que
Em nome da verdade
Tornaram o mundo um palco de medos, um mundo
Espavorido e desconfiado
Mas juntos
Buscaremos a liberdade de ser, de viver
Reinventaremos um mundo melhor sem
Ódio, sem rancor… com muito amor
(João Ferreira)

07 setembro, 2006

A praia das minhas férias


La Grande-Motte, município francês situado no distrito de Hérault - região Languedoc-Roussillon -, foi idealizada pelo arquitecto Jean Balladur que criou os apartamentos lembrando as pirâmides pré-colombianas.



A partir de 1960, graças à sua localização privilegiada - junto ao mar Mediterrâneo (Golfo de Lyon) -, tornou-se numa grande estação balnear.

É interessante verificar que quando se fazem empreendimentos turísticos em Portugal também se pensa nos espaços verdes, não é?

04 setembro, 2006

01 setembro, 2006

Por momentos pensei...

Quão doce é despertar pela manhã
Com o gorjeio dos pássaros
Como são belos os primeiros raios de Sol
Que bonito é ver a sua luz,
Sentir o seu calor
Como é celeste o amanhecer...
As plantas, os animais...
Todos os objectos ganham forma,
Ganham cor...
Terra admirável
Paraíso perdido no cosmos…
Como é bom viver
Admirar a Lua e as estrelas
Desfrutar a brisa refrescante
Saborear o sal da vida
Mergulhar no mar imenso
Sentir a areia quente
Contemplar a melodia da ondas
O guinchar das gaivotas
Os putos que fazem castelos no areal
O azul do céu... o passeio das nuvens...
Belo espectáculo nos oferecem
Com a sua efémera aparência
Imagens que se transfiguram
Noutras... noutras...
Como é gostoso sentir a fragrância da terra
Odores únicos ao cair das primeiras chuvas
Agradável surpresa ao sentir as gotículas frias
Na pele queimada e quente.
Admirável mundo!
Olhamos à nossa volta
Vemos que não estamos sós…
No entanto,
Esquecemos que somos privilegiados
Por sentir, por ver, por ouvir,
Por poder exaltar
As maravilhas do Universo.
Por momentos...
Esqueci que havia fome, pobreza, miséria...
Por momentos...
Pensei que não havia guerra,
Destruição, morte...
Por momentos pensei... sonhei...
Mas... acordei...
E, triste, chorei
Porque já nada era assim.
João Ferreira

Timor Loro Sae

Timor...
Lá longe, Timor...
Tão perto, Timor...
Timor Sol nascente
Paraíso achado
Nos sonhos de homens sem medo.
Mil perigos vencidos
Mil perigos deixados
Na incerteza dos mares percorridos.
Sonhos destruídos
Por homens sem escrúpulos...
Senhores da guerra, do medo...
Senhores da morte
Que se pensam senhores do mundo!
Timor, Timor...
Terra de terror...
Timor, Timor...
Terra de esperança…
Povo massacrado, heróico, resistente
Que se esconde nas montanhas
Lutando pela sobrevivência
Contra a força destruidora.
Timor…
Estás nas orações do mundo
À espera que lá longe, afinal aqui tão perto,
Todo o povo tenha paz e liberdade...
A esperança, que nunca morre,
Continua, no entanto, sufocada
Por mais mortes que se juntam a tantas outras...
Senhores que mandam
E clamam por justiça
Pensam...
Pensam fazer alguma coisa
Depois da destruição, do sofrimento
Rezemos para que não seja tarde demais
Para que Timor seja Sol nascente
João Ferreira