11 novembro, 2006

S. Martinho

Reza a lenda que São Martinho pertencia às legiões do imperador Justino. Num certo dia, em pleno Inverno, sob vendaval e neve, equipado e armado, montado cavalo, S. Martinho viu, às portas de Amiens, um mendigo seminu, tiritando de frio. O Santo sofreou o cavalo, pegou na espada e cortou ao meio a sua capa de agasalho, dando metade dela a esse peregrino. Envolto na outra metade, S. Martinho sacudiu a rédea e prosseguiu a viagem no meio da tormenta. Porém, subitamente a tempestade desfez-se, aparecendo assim um sol resplandecente. Segundo a mesma lenda, para que não apagasse da memória dos homens a notícia deste acto de bondade, Deus dispôs que em cada ano, na mesma época em que São Martinho se desapossou da metade da sua capa, que se interrompesse o frio e que sorrisse o céu e a terra.

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O dia de S. Martinho é invocado nas cerimónias religiosas e o seu espírito de solidariedade lembrado através do relato do episódio em que partilhou a sua capa com um pobre.
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Um pouco por todo o lado, as pessoas andam ocupadas nas actividades mencionadas nos provérbios associados a este dia: assam-se castanhas e prova-se o vinho... não é?

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Em dia de S. Martinho atesta e abatoca o teu vinho.
Martinho bebe o vinho, deixa a água para o moinho.
No dia de S. Martinho, come-se castanhas e bebe-se vinho.
No dia de S. Martinho, lume, castanhas e vinho.
Pelo S. Martinho mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.
Se queres pasmar o teu vizinho, lavra, sacha e esterca pelo S. Martinho.
Veräo de S. Martinho são três dias e mais um bocadinho.

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